quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Ciência, sujeito e sociedade: uma relação de interconexões

As transformações sociais, políticas, econômicas, culturais e ideológicas na humanidade, decorrentes do processo de globalização, impõe um novo pensar sobre a Ciência. Esse novo pensar da Ciência está pautado no que Edgar Morin chama de complexidade, haja vista que a racionalidade técnica da Ciência Moderna não dá mais conta da dinâmica do contexto atual.
Nessa perspectiva, há uma mudança na forma de conceber o homem e a sociedade. O homem passa a ser visto como um sujeito sócio-histórico, ativo e partícipe na sociedade. Esta, por sua vez, torna-se cada vez mais complexa, na medida em que as relações humanas são reconhecidas na sua complexidade, ou seja, numa interrelação com seu contexto, social, político, econômico, cultura e ideológico.
Diante disso, a escola como uma instituição de formação humana por excelência, assume um papel importante na formação do sujeito, de modo a integrá-lo nesse novo contexto social, o qual preza por um sujeito capaz de interagir de maneira crítica, criativa e consciente com seu meio natural e social, de forma a enfrentar as realidades que são cada vez mais complexas.
Percebe-se, portanto, que as mudanças no modo de produzir o conhecimento (científico), pressupõem uma mudança na concepção de sujeito e de sociedade. Dessa feita, não há como falar de Ciência Complexa sem pensar o sujeito e o meio social em que está inserido, pois é a partir dessa relação ciência-sujeito-sociedade que o conhecimento é produzido, numa perspectiva de interrelações.
Considerando este aspecto, faz-se necessário e fundamental que as práticas pedagógicas escolares atentem para este novo paradigma de produção do saber, as quais devem está pautadas na interdisciplinaridade, sendo isto o que caracteriza um ensino na perspectiva da complexidade.
Então, ao conceber a ciência, ou a construção do conhecimento científico, na sua complexidade, torna-se indispensável que se estabeleça essa conexão entre a ciência, o sujeito e a sociedade na qual está inserido, para, dessa forma, compreender o fenômeno no seu contexto.

Texto escrito por Marcelo Nóbrega Nunes
Graduando em Pedagogia pela UFRN

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